Em primeiro lugar, o que é a Integração Sensorial?
É um processo que ocorre de forma inconsciente no interior do cérebro, em que o mesmo organiza as sensações corporais para um determinado fim.
É no processo da Integração Sensorial que encontramos os alicerces, as funções cerebrais e cognitivas mais refinadas como ler e escrever e a capacidade do indivíduo interagir com o meio envolvente de um modo efetivo.
Podemos comparar o processo da Integração Sensorial à construção de uma casa. Sabemos que nenhuma casa é forte se a sua base e alicerces não estiverem estáveis.
Na base da casa da Integração Sensorial temos o olfato, a visão, audição, paladar, tato, propriocepção, vestibular, que são considerados os sistemas de base sensorial. Estes sistemas de base influenciam na estrutura da casa (planeamento motor, lateralidade, esquema corporal, controlo postural) e que posteriormente nos permitem ter um teto seguro onde encontramos as atividades de vida diária, as aprendizagens escolares e o comportamento.
E o que acontece quando a base da casa da Integração Sensorial fica ou está abalada?
Quando uma criança apresenta um dificuldade em processar um dos sistemas sensoriais isso prejudica e compromete muitas das funções ligadas à escrita, às atividades de vida diária, assim como o próprio comportamento em relação aos pares, às figuras de autoridade e ao meio envolvente.
Assim sendo, muitos casos que chegam ao contexto clínico com a indicações de dificuldades de gestão de comportamento, e no contexto escolar (como por exemplo dificuldades na realização de grafismos), ou de comprometimento do planeamento motor, podem estar ligados a um problema de base sensorial, sendo importante uma avaliação de Integração Sensorial.
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